Ileides Muller

Dormi semente, acordei flor. É dia de poesia!

Textos


TERREMOTO

Por poucos segundos
A terra tremeu
Tudo ruiu
O mundo caiu
Sobre viventes
De um pobre país.


Sob os escombros
Vidas latentes
De olhar apagado
Gritando silêncios
Em busca de luz
Em busca de ar
À espera de mãos...
Por salvação!


Outras, feridas,
Com almas à mostra
Aos poucos se esvaem.
E a morte se instala
Exala seu cheiro
Sob ruínas.
Imagem do caos.


Milhares de corpos
Nas ruas expostos
Sem velas, sem preces
Sem hinos, sem flores.
Cantigas funestas
E gritos de horrores.


Vivendo ao relento
Grupos humanos
Sem rumo, sem planos
Sem endereços
Procuram, procuram
Por casas, parentes...
Mas só o abandono
Responde silente.


(12/01/2010)

(Imagem Google)


Ileides Muller
Enviado por Ileides Muller em 31/01/2010
Alterado em 16/03/2010
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